Em meio à pandemia e à crise social, 67 milhões de pessoas precisaram nos últimos meses do auxílio emergencial de R$ 600 para sobreviver. A partir deste mês, contudo, esse um terço da população brasileira viu o valor do benefício cair pela metade após Medida Provisória do governo Bolsonaro.
Para impedir esse retrocesso, a CSP/Conlutas e outras centrais sindicais lançam a campanha #600 pelo Brasil nesta quarta-feira, dia 16. Com o mote “Bom para o cidadão, para a economia e o Brasil”, a campanha irá exigir que o Congresso vote imediatamente a MP n° 1000 e amplie o valor do auxílio emergencial para R$ 600.
Enviada ao Congresso no último dia 3, a MP teve mais de 260 propostas de emendas, a maioria sugerindo a elevação do valor, mas o governo Bolsonaro age nos bastidores junto ao presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e líderes partidários para que a MP não seja votada.
Como o prazo de validade da MP é de 120 dias, o mesmo previsto pelo governo para a duração do pagamento dos R$ 300, o objetivo é deixar a medida caducar.
R$ 300 não dá!
Com o falso discurso de que o governo não tem dinheiro, Bolsonaro cortou pela metade o auxílio emergencial, sem contar que endureceu as regras para ter acesso ao benefício. Com isso, cerca de 6 milhões de pessoas deixarão de receber o valor até o final do ano.
O corte acontece não apenas em meio à crise sanitária e social em razão da pandemia, mas também diante da disparada nos preços dos alimentos da cesta básica e perda de renda dos trabalhadores e de um desemprego crescente.
Mais informações em: http://cspconlutas.org.br/2020/09/sem-reducao-campanha-reivindica-auxilio-emergencial-de-r-600-ate-dezembro/
16/09/2020 11:21:47